VidroSom 2015 – Seminário apresentou inovações em acústica do vidro

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A 7ª edição do VidroSom (Seminário de Soluções Acústicas em Vidro) reuniu mais de 120 pessoas e apresentou cinco palestras de alto nível em Salvador (BA), cumprindo mais uma vez a missão de levar informação e conhecimento técnico sobre a capacidade acústica do vidro para arquitetos, consultores e demais profissionais do segmento.

Na primeira, o engenheiro Carlos Henrique Mattar – da CEBRACE – mostrou conceitos interessantes sobre como funciona o som, como é transmitido, como é feita sua caracterização, percepção e intensidade. Destacou também aspectos sobre o desempenho do vidro usado para isolar os ruídos e as diferenças entre o vidro laminado e o vidro monolítico. No final, apresentou detalhes sobre a evolução da aplicação do vidro em fachadas e estudos de casos de soluções acústicas em edifícios residenciais e corporativos.

O empresário Edison Claro de Moraes, vice-presidente de Comunicação e Marketing da AFEAL, e diretor geral da Atenua Som, usou de toda sua experiência em soluções acústicas para caixilhos para apresentar diversos “cases”. Em um deles, contou que um barulho estridente perturbou durante muito tempo os hóspedes do Unique, luxuoso hotel em São Paulo.

“Foram feitas diversas medições até que a situação foi resolvida graças a Lei da Fresta, segundo a qual 1 mm de fresta pode representar 10% de perda no isolamento”, frisou. Além disso, chamou a atenção para a importância do cálculo de transmitância acústica. “Não basta saber a transmitância do vidro se não conhecer a transmitância do perfil. Como melhorar os produtos se não temos esse número?”, concluiu.

A arquiteta Débora Barreto, de Salvador, mestre em Engenharia Ambiental Urbana na área de poluição sonora, destacou a influência da esquadria no isolamento de fachadas para atender aos requisitos da Norma de Desempenho 15.575. Neste contexto, explicou que a esquadria representa o elemento mais vulnerável em termos de transmissão sonora.

“No entanto, esse isolamento necessário depende diretamente da localização da edificação, ou seja, as características do entorno e o partido arquitetônico impactam diretamente no comportamento sonora”, explicou. No final, apresentou “cases” que comprovam a e influência de diversos fatores no isolamento global da fachada de uma edificação com foco nos projetos, tipologia e na qualidade da instalação da esquadria.

Já o empresário José Guilherme Aceto, diretor geral da Avec Design, apresentou uma janela deslizante, transparente, padronizada, com aplicação de vidro laminado ou temperado, que dispensa caixilhos e manutenção. Em sua apresentação, destacou também a necessidade de se utilizar produtos duráveis, evitando o descarte de materiais no Planeta. Encerrou a palestra com uma frase marcante do jornalista Joelmir Beting: “A natureza não se defende, ela se vinga”.

Por último, a engenheira Michele Gleice, diretora técnica do ITEC – Instituto Tecnológico da Construção Civil, fez um panorama dos ensaios acústicos realizados em esquadrias de diversas empresas, ressaltando a importância das empresas testarem seus produtos. “Aproveitem os laboratórios de ensaios como uma chance para errar”, sugeriu. “É melhor errar no laboratório do que errar no cliente”.

No final, todos os palestrantes participaram de um debate e responderam diversas questões da plateia. Realizado pela Atenua Som, o evento contou com o patrocínio exclusivo da CEBRACE e apoio da Avec Design, AFEAL, ITEC, PROACUSTICA, ABRAVIDRO e ABIVIDRO.

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