Poluição sonora afeta fauna urbana
A diversidade da fauna em ambientes urbanos foi o tema da palestra de Elisabeth Höfhling, professora do Instituto de Biociências da USP (IB/USP), onde o foco estava na fauna urbana – os insetos representam o grupo de maior diversidade nas cidades, também há muitas espécies de aves, répteis, mamíferos, anfíbios e até mesmo marsupiais.
A diversidade da fauna urbana de cada região é determinada por fatores importantes como a disponibilidade de alimento, abrigo, água e materiais para construção de ninhos. Outros aspectos que contribuem para o ecossistema das áreas urbanas são a poluição química, a iluminação artificial – que afeta o ciclo biológico de dia e noite – e a poluição sonora, que causa perda de audição, estresse e alterações na comunicação sonora.
Os pássaros são os mais afetados pela poluição sonora, entre as espécies introduzidas pelo homem que se tornam comuns nos ambientes urbanos destacam-se o pardal (Passer domesticus), o pombo-doméstico (Columba livia) e o bico-de-lacre (Estrilda astrild). De acordo com um levantamento coordenado por Höfhling e publicado no livro Aves no Campus, somente na Cidade Universitária da USP, na zona oeste da capital, há cerca de 161 espécies de aves.
A pesquisadora ressaltou a importância da arborização nas cidades para aumentar os níveis de umidade do ar, reduzir a temperatura, a velocidade dos ventos e das enxurradas, conservar o asfalto, reter as partículas poluentes e oferecer conforto emocional e psíquico aos moradores.
O Programa BIOTA-FAPESP, anunciou a realização de um novo ciclo de conferências educativas. O objetivo da iniciativa é contribuir para o aperfeiçoamento do ensino de ciência, principalmente no ensino médio. Os temas relacionados aos serviços ecossistêmicos e da biodiversidade são os destaques dos próximos encontros.
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