O que você ouve?
Nos últimos dias a Internet foi tomada pela discussão: Yanni ou Laurel?
A polêmica gira em torno de um áudio, publicado por estudantes de ensino médio nas redes sociais, e que gerou burburinho. Alguns usuários ouviam a palavra “Yanni” (47% segundo uma enquete realizada no Twitter), outros a palavra “Laurel” (53% dos participantes da enquete), levando a diversas teorias.
Explicação
O áudio polêmico foi retirado do site vocabulary.com, e é correspondente à palavra Laurel. Mas, por quê tanta gente ouve diferente?
Para entender o que acontece com o áudio devemos recorrer a um recurso de visualização, chamado espectrograma. Consiste num gráfico que relaciona tempo, frequência e energia do sinal. A imagem abaixo compara os espectrogramas da palavra Laurel, do áudio que viralizou e da palavra Yanni, respectivamente.
As partes mais claras no gráfico representam maior energia, a parte mais baixa do gráfico corresponde às frequências mais baixas. Observando os três espectrogramas podemos perceber que há um comportamento parecido entre eles. A grande diferença entre Laurel e Yanni é que a segunda palavra apresenta mais energia em frequências mais altas, e o áudio original possui mais energia nessa faixa de frequências do que o espectrograma para Laurel, por isso gerando confusão.
Assim, pessoas que são mais sensíveis a altas frequências, normalmente pessoas mais jovens, tendem a escutar Yanni. Já pessoas que possuem alguma perda na sensibilidade a essa faixa de frequências ouve a palavra Laurel.
Isso é apenas uma brincadeira de internet, mas pode revelar detalhes interessantes sobre como funciona nossa audição e como nosso cérebro processa informações auditivas.
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