Desempenho acústico do espaço: adequações da NBR 15575

Conforto acústico é essencial e cada vez mais valorizado. Com construções mais leves e cidades mais barulhentas, sons externos invadem o dia a dia, afetando bem-estar, sono e produtividade. Para garantir o mínimo de qualidade nos imóveis, a NBR 15575 define critérios técnicos, inclusive para o isolamento acústico. Ela orienta construtores, arquitetos e fabricantes sobre como criar ambientes mais silenciosos e funcionais. A seguir, explicamos como essa norma se aplica ao desempenho acústico e o que é preciso para se adequar a ela.
O que é a NBR 15575?
A NBR 15575, também conhecida como Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais, é um marco regulatório que orienta a construção civil no Brasil. Ela estabelece critérios mínimos que um imóvel deve cumprir para oferecer segurança, conforto e durabilidade ao longo do tempo.
O principal foco da norma é a usabilidade do imóvel ao longo da sua vida útil — o que significa entregar mais do que estética ou funcionalidade pontual. Trata-se de garantir uma boa experiência de moradia, com ambientes protegidos contra intempéries, ruídos, variações térmicas e outros desconfortos que podem comprometer o dia a dia.

Ela é aplicada, principalmente, a edifícios residenciais com até cinco pavimentos, mas seus parâmetros já vêm sendo utilizados também em projetos maiores e mais complexos.
A norma está estruturada em seis partes técnicas:
- Requisitos gerais de desempenho
- Estrutura da edificação
- Sistema de pisos
- Vedações internas e externas
- Cobertura
- Instalações hidrossanitárias
Cada parte trata de um componente específico da construção e avalia seu desempenho com base em três pilares:
- Segurança: proteção estrutural, estabilidade e prevenção contra incêndios
- Sustentabilidade: durabilidade, manutenibilidade e impacto ambiental
- Habitabilidade: conforto térmico, acústico, lumínico, salubridade e estanqueidade
É dentro do critério de habitabilidade que o conforto acústico ganha destaque.
A NBR 15575 reconhece que os imóveis precisam isolar adequadamente os sons externos e internos para oferecer uma moradia de qualidade. Afinal, a presença constante de ruídos pode afetar o descanso, o sono, a produtividade e até a saúde de quem ocupa o espaço.
Por isso, a norma determina limites objetivos para a transmissão sonora em diferentes situações, como:
- Ruídos vindos da rua ou de áreas comuns
- Sons entre unidades vizinhas
- Impactos estruturais, como passos ou batidas
Além de definir os níveis mínimos aceitáveis, a norma também sugere classificações de desempenho superiores — permitindo que construtores e moradores busquem níveis mais elevados de conforto, de acordo com o perfil do imóvel ou da região.
Entender o que a NBR 15575 exige é o primeiro passo para construir, reformar ou adaptar um ambiente que seja de fato confortável — e não apenas esteticamente agradável.
Quais são as exigências acústicas da NBR 15575?
O desempenho acústico é um dos pilares da habitabilidade dentro da NBR 15575. A norma busca garantir que os ruídos do dia a dia — tanto externos quanto internos — não comprometam o conforto de quem vive nos ambientes. Para isso, ela define critérios objetivos de isolamento sonoro que devem ser atendidos por construtoras, arquitetos e fornecedores.
Essas exigências abrangem diferentes formas de ruído e elementos da construção. A norma não se limita ao controle de barulhos vindos da rua, mas também considera a transmissão sonora entre cômodos e os sons causados por impacto.

De forma geral, as exigências da NBR 15575 se concentram em três frentes:
- Ruído aéreo externo: sons vindos da rua, como trânsito, obras e música
- Ruído entre unidades vizinhas: vozes, eletrodomésticos ou TV em ambientes compartilhados
- Ruído de impacto: passos, objetos caindo ou móveis sendo arrastados no andar superior
Para cada uma dessas situações, a norma define um nível mínimo de isolamento acústico, mensurado em decibéis (dB). Esses limites variam de acordo com o tipo de ambiente (ex: dormitórios exigem maior proteção sonora) e com o contexto urbano em que o imóvel está inserido.
Além disso, a norma estabelece três classificações de desempenho:
- Mínimo: atende aos requisitos básicos e obrigatórios
- Intermediário: oferece uma performance superior ao mínimo
- Superior: proporciona o máximo de conforto acústico possível
Essa categorização permite que o projeto seja ajustado conforme o perfil do público, o padrão da edificação e os objetivos do morador. Em regiões muito ruidosas, por exemplo, recomenda-se sempre buscar o desempenho intermediário ou superior.
Outro ponto importante é o papel dos elementos construtivos no desempenho acústico geral da edificação. A NBR 15575 exige que cada sistema contribua para o isolamento adequado, com atenção especial a:
- Paredes e divisórias
- Pisos e lajes
- Coberturas e forros
- Portas e janelas
As esquadrias — especialmente as janelas — merecem destaque. Elas costumam ser o elo mais frágil na barreira contra o som externo, principalmente em construções que utilizam materiais mais leves ou aberturas amplas.
Por isso, a norma também trata de forma específica o desempenho das janelas, exigindo:
- Vedação eficiente e estanqueidade ao ar
- Perfis com bom encaixe e resistência mecânica
- Vidros adequados ao nível de ruído externo
- Instalação correta para evitar frestas e vazamentos sonoros
Quando bem escolhidas, as esquadrias não só atendem à norma, como elevam o conforto geral do ambiente — e isso faz toda a diferença no uso diário do espaço.
Leia também: Tudo Sobre a ABNT NBR 10821 – Esquadrias externas
Por que a norma é importante para quem compra ou reforma?
A NBR 15575 vai muito além de uma exigência técnica para construtoras e arquitetos. Ela é uma ferramenta de proteção para o consumidor final, garantindo que o imóvel entregue esteja preparado para oferecer conforto real — inclusive acústico.
Quem está comprando ou reformando um imóvel precisa considerar o desempenho acústico como um critério essencial, e não apenas um diferencial. Isso porque o ruído excessivo é uma das principais fontes de incômodo em ambientes urbanos e, quando negligenciado, pode comprometer toda a experiência de morar ou trabalhar em um determinado espaço.
Ambientes barulhentos causam impactos reais no cotidiano:
- Dificultam a concentração e o foco
- Comprometem a qualidade do sono
- Aumentam os níveis de estresse e irritabilidade
- Afetam a saúde mental e o bem-estar
Esses efeitos se tornam ainda mais críticos em locais com alta densidade populacional, tráfego intenso ou obras constantes — cenários cada vez mais comuns nas grandes cidades.
Além disso, um imóvel com baixa performance acústica pode gerar problemas legais e financeiros. Quando a construção não atende aos parâmetros da norma, o consumidor tem respaldo para buscar reparações — e isso pode se desdobrar em processos judiciais, custos com adaptações ou perda de valor de mercado.
Em outras palavras, ignorar o desempenho acústico pode sair caro.
- Reclamações junto a órgãos de defesa do consumidor
- Ações contra construtoras ou incorporadoras
- Custos com reformas corretivas
- Desvalorização do imóvel em revenda ou locação
Por outro lado, quem considera o desempenho acústico desde o início faz um investimento inteligente: evita transtornos no futuro e garante mais tranquilidade no presente.
A boa notícia é que, com as soluções certas, é possível atingir (e até superar) os níveis exigidos pela NBR 15575 — e tornar qualquer ambiente mais silencioso, confortável e funcional.

Leia também: Novo manual ProAcústica e Cetesb sobre a norma ABNT NBR 10151
A NBR 15575 não é apenas uma exigência técnica do setor da construção civil — ela é uma resposta prática à necessidade real das pessoas por conforto, segurança e bem-estar dentro de casa. Entre os vários aspectos que ela regula, o desempenho acústico tem um impacto direto na qualidade de vida de quem habita o espaço.
Em um mundo cada vez mais barulhento, garantir o silêncio dentro do seu imóvel é uma forma de cuidar da saúde, da produtividade e do equilíbrio emocional. E para alcançar esse nível de conforto, é essencial contar com soluções que estejam alinhadas às exigências da norma — desde a concepção do projeto até a escolha dos materiais.
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