Jornada de trabalho com horários irregulares envelhece o cérebro precocemente
Trabalhar em horários considerados “alternativos” – noite e madrugada – ou com instabilidade na carga horária, pode envelhecer o cérebro prematuramente e diminuir a capacidade intelectual em até 6 anos.
Pesquisa realizada por cientistas das universidades de Toulouse (França) e Swansea (País de Gales) chamam a atenção para os males em se trabalhar contra o relógio biológico, que podem afetar a memória, além de outros problemas já conhecidos, que variam de câncer de mama à obesidade.
O relógio biológico humano é projetado para executar atividades durante o dia e dormir à noite, pessoas com escala de trabalho rotativa conseguiram restaurar o cérebro após cinco anos, melhorando o resultado em testes de memória, velocidade de pensamento e capacidade cognitiva.
“Houve uma perda significativa na função cerebral. É provável que as pessoas cometam mais erros e deslizes ao tentar executar tarefas cognitivas complexas. Talvez uma, em cem, cometa erros com consequências importantes, mas é difícil medir a diferença que isso faz no dia a dia”, disse Philip Tucker, que integrou a equipe de pesquisadores em Swansea.
Outras pesquisas afirmam que aposentados, que trabalharam no turno da madrugada, tinham um sono pior do que aqueles que nunca tinham trabalhado em horários insalubres. Os resultados das pesquisas podem ter implicações nos tratamentos de demência, conhecida por prejudicar os padrões de sono de forma semelhante ao trabalho por turnos.
Na sociedade moderna atual, o trabalho noturno é um “mal necessário” e os cientistas sugerem que check-ups médicos e testes de desempenho – para avaliar a capacidade de adquirir ou de absorver conhecimentos – sejam realizados regularmente.
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