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O barulho pode ser prejudicial para o cérebro das crianças

A poluição sonora é um problema que afeta a todos e com as crianças não é diferente. Pelo contrário, a sensibilidade auditiva dos pequenos pode ser ainda mais afetada. O barulho está por toda parte e as crianças precisam enfrentá-lo em casa, na rua e na escola. Com o passar do tempo, os ruídos vão afetando a saúde e o desenvolvimento de forma silenciosa.

O cuidado com a saúde auditiva deve ser controlado

A Associação Brasileira de Normas Técnicas orienta que uma casa ou escola não ultrapassem o limite de volume de 50 decibéis. Esse número equivale ao barulho que duas pessoas fazem enquanto conversam ou de uma biblioteca em funcionamento.

Ao ultrapassá-lo, o corpo pode começar a liberar os hormônios responsáveis pelo estresse e até aumentar a pressão sanguínea. Quanto mais demorado ou frequente é o barulho, maiores serão as conseqüências, podendo causar perdas cognitivas, problemas com a concentração e até afetar a memória.

Os riscos dos ambientes barulhentos para as crianças

Ter contato frequente com o barulho, como por muitos anos, por exemplo, pode causar desvios no desenvolvimento da fala e da escrita da criança.

Os batimentos cardíacos das crianças em ambientes barulhentos são significativamente mais acelerados. Além disso, a criança pode se tornar mais agressiva, barulhenta, estressada e desenvolver problemas para dormir.

Como mudar a realidade de um espaço barulhento?

Em sala de aula, algumas medidas podem ser tomadas, como por exemplo:

  • reorganizar os ambientes para montar grupos menores por toda a sala;
  • criar núcleos de trabalho fechados, para que as crianças possam se concentrar;
  • treinar movimentos mais leves e fala mais baixa, entre os adultos.

Em casa, o que pode ser feito é:

  • desligar a televisão quando ninguém está assistindo e não usá-la como companhia;
  • ter períodos do dia sem áudios ou qualquer tela;
  • diminuir os ruídos e o som da voz quando as crianças estão concentradas;
  • usar janelas antiruídos em ambientes barulhentos;
  • mudar para vizinhanças mais silenciosas, se for possível;
  • sempre que a poluição sonora vier de um ponto específico, como estabelecimento, busque o amparo da lei.

Percebemos o quanto um ambiente é barulhento apenas quando fazemos silêncio. Ambientes que são barulhentos o tempo inteiro não favorecem essa percepção, com isso nossa saúde pode ser prejudicada de forma paradoxalmente silenciosa.

Promover o silêncio ou oferecer um ambiente menos ruidoso é um benefício que proporcionamos às nossas crianças. Não quer dizer que, para isso, precisem ser controlados ou ter suas formas de expressão inibidas. Pelo contrário, o objetivo é dar espaço para o que realmente tem importância.

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